quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Em busca da privacidade



Nos últimos meses estava cá com meus botões, me articulando para morar só. Ao comunicar a minha família, logo veio a insatisfação de minha mãe, dizendo: você vai se arrepender... aqui você tem comida na boquinha, roupa lavadinha, e não paga aluguel... Minha irmã ao saber da notícia logo fechou a cara, e me perguntou: Tu estas ficando doido, né menino? Para piorar mais a situação toda minha família se expressou da mesma forma. O fato é que por ter 26 anos de idade e explicar os meus motivos, ninguém entende, somente meus amigos. O interessante neste processo de busca de minha privacidade é que, 3 dias depois de ficar convicto que realmente irei em busca do meu paraíso, um amigo de chupeta (amigo de infância), me liga e faz a seguinte pergunta: Thiago, você sabe me dizer onde eu encontro um apartamento ou casa barato? E lonnnnngeeeeeeeeeeeeee daqui? Fiz a seguinte pergunta: Você sabe de algo meu? Ele respondeu: Não! Eu: porque eu também estou a procura de um apartamento ou casa para alugar. Logo ele desabafou e disse os motivos pelo qual, ele também quer alugar e ir em busca de sua felicidade (privacidade). Fiquei contente com toda esta situação. Porém ansioso por esta tal felicidade.

No sábado passado, dia 17/10/2009, saímos em busca de um apartamento ou casa para alugar. Fomos, eu, minha namorada e meu amigo. Passamos toda a tarde rondando dois bairros e neco de casa para alugar, olhe que apartamento para vender era o que não faltava mais para alugar, foi um processo. Levei minha namorada para facilitar mais a situação, afinal, palpite de mulher é sempre bem vindo e evitar que as pessoas imaginassem que quem estava a procura não fossem um casal de gay como pensavam todos. Certo tempo da procura, deixei minha namorada no salão de beleza, afinal ela estragou toda sua beleza procurando em vão o tal apartamento. Continuamos na procura, eu e o PC. Fomos numa cidade que fica cerca de 30km de nossa atual residência, ao chegar lá nos deparamos com um corretor de aluguel (fofoqueiros de plantão, dito pelos próprios moradores da região), nunca imaginei que os fofoqueiros teriam uma outra profissão além de fofocar. E lá, não obtendo sucesso na busca trocamos telefones com o corretor de aluguel, pois ele nos informou que dias após estaria um apartamento sendo desocupado. Para facilitar e transformar o nosso diálogo e fazer com que a busca fosse sem sucesso perguntei para o tal corretor se ele conhecia um amigo que morava na tal redondeza... Ele me disse que não... Para reforçar mais a memória do camarada falei: É um assim, assado... Ele: Não! Eu: Ele é gay! Prontamente ele disse: Haaaa sei quem é. Pronto a merda estava feita, deve ter pensado ele: um casal de homossexual procurando apartamento aqui no meu condomínio. Para encerrar esta belíssima história da busca pela tal privacidade, já cansados, em um bairro no qual tenho parentes encontramos uma ótima casa, com dois quartos, sala, cozinha, banheiro, área de serviço, garagem, terraço e para finalizar uma piscina para refrescar os estresses do dia a dia.

Thiago Pessoa

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

As Surpresas do Amor

Você já traiu o seu ou a sua amada? Ou foi traído? Veja como foi resolvido este caso!!

Tem dias que não são dias e tem noites que não são noites! Foge até da bipolaridade do sol e da lua! A gente nem deveria sair de casa e se o fizesse deveria se benzer muito. Em qualquer cidade do litoral diria-se "O mar não está para peixe", mas na minha cidade não tem mar, então terei que me virar com uma outra solução para o problema, e até poderia ser um ditado e calharia um como, por exemplo "Quem não tem o que falar, inventa o que escrever"! Então inventando ou re-inventando eu vou seguindo, não posso parar a minha canoa nesse mar de letras e revolto com ondas de palavras, orações e frases!

Não era nem três da tarde, saí para pagar um conta telefônica num banco perto de casa, é uma agência nova, com poucos clientes, uma belezura segundo o meu amigo Pin. Foi tão rápido que não deu nem para ler dez páginas do livro que me propus a fazer e já fui atendido! Uma belezura mesmo! Saí pelas ruas sem muita pretensão. Eis que, entrei numa lanchonete, sentei, peguei o Graciliano Ramos e abri as vidas secas no Vidas Secas e iniciei a leitura das informações ao redor da obra. Embarquei nessa leitura de fato e conheci o Fabiano. Pô meu o cara não fala! Foi esse meu pensamento, chamei uma cerveja para aliviar o calor lá de fora e molhar um pouco a minha secura e as palavras do livro, bem como refrescar o quenturão do nordeste. Haja instinto, também as personagens não são de ferro!

Não tinha nem conhecido ainda a secura nordestina direito quando apareceu um amigo. Sentou-se ao meu lado na mesa, olhou para minha cerveja já pela metade, encheu o copo dele e mandou outra na mesa por sua conta e desembuchou! Eu estou usando este termo, porque veio bucha mesmo:

- Sabe colega, arrumei um novo amor e vou me separar da minha mulher!

Para não cansar a sua pessoa leitor, eu mesmo relatarei a conversa que tive naquele dia na lanchonte! O leitor já não ignora que o homem vem há muito traindo as mulheres e elas por sua vez também o fazem há anos. Algumas dizem até que os homens traem mais. Mas no frigir dos ovos o resultado é o mesmo: os dois traem. Dizia ele que se apaixonou por uma pessoa sem querer, não tinha nenhuma intenção diferente a não ser a amizade, mas as coisas foram acontecendo, os olhares denunciando algo mais que uma simples amizade e o amor se instalou no coração dele e percebeu que também era correspondido. Ora leitor é tão bonito o amor quando adentra o coração da gente, é tão sublime esse sentimento, que todos querem se apaixonar e o meu amigo chegou a conclusão que era vez dele. Segredava a mim, que quando conheceu a sua esposa, foi num momento difícil da vida e que não estava imune a qualquer carinho e acha até que pelo fato da mulher atendê-lo naquele momento tenebroso de sua vida, é que foi ele se acostumando com ela e até, seria possível , terem confundido solidariedade com amor. É perfeitamente plausível para mim leitor e para você? Bem é melhor você ficar com os pensamentos e juízos de valores seus e eu seguir na minha trajetória do contar!

Cá com os meus botões até acredito que fosse assim, desde que não estivessem a quantidade de vida a dois que eles tinham: 26 anos não é pouca parceria. Acho que até o Graciliano Ramos que sentiu de perto uma rajada dessa poderia concordar comigo. Não falei nada para ele, porque eu percebi que ele precisava de alguém para escutar e eu naquele momento estava mais para Fabiano do que para Sinhá Vitória. Naquele momento eu era só ouvido, boca nem passava pela minha face. E seguia ele com o relatoria. Descobriu o novo amor num almoço da empresa. Todos funcionários lá reunidos numa chácara e foi quando ao passarem uma latinha de cerveja para o outro, as mãos se tocaram e esse contato de pele ligou os hormônios , sacudiu o cérebro e liberou a adrenalina e "o mal estava feito"! Um simples toque e a vida dele passaria a mudar profundamente.

Eu me condoía com a história, eu aprendi com os meus pais que o casamento é até "que a morte nos separe", mas para aquele homem, não era a morte que o separava. Portanto na minha cabeça não entrava ainda aquele raciocínio . Entretanto eu estava ali ouvindo e a minha função era só essa naquele momento, em seguida despejou mais algumas e mais outras informações nos meus ouvidos! Soube que já fazia seis meses que esse amor invadira seu coração e ele já não aguentava mais aquela situação e que daria, em pouco tempo, cabo de seu casamento. Assumiria de vez o novo amor! Olha leitor, eu não era muito amigo assim, chegado dele. Havia trabalhado com ele numa empresa, éramos, eu diria assim, colegas de trabalho, não o suficiente para me contar tanta intimidade. Pois não é que ele me falou isso, disse que quando me viu, resolveu contar-me tudo, justamente por esse motivo: não ser o seu chegado. Com certeza não me veria mais e portanto ficaria o dito por não dito de estranho para estranho. Depois de contar mais coisas e de despedir-se de mim, seguiu o seu caminho e eu a trilha seca de Graciliano em companhia de Fabiano e a sua família. O inacreditável aconteceu alguns dias depois.

Fui pagar uma conta numa das Lojas Pernambucanas, estava na fila, pagaria a fatura quando uma mulher me cumprimentou e puxou conversa, dizia que me conhecia de um almoço em uma empresa. Trocamos algumas informações e realmente era eu. Dela não me lembrava, mas do almoço me lembrava perfeitamente. Naquela época, eu fazia voz e violão em barzinhos por aí e, nesse dia, o cantor passou mal de disenteria e me chamaram para tocar no lugar dele. Até que ele se livrasse do desespero das súbitas correrias ao encontro do trono de rei das quatro paredes. Eu não era muito bom, mas comigo cantando e sem migo, era, por sinal, uma grande diferença. Sabe aquele ditado "perdido por um perdido por mil! Truco"!! Então foi por aí!

Seguiu ela com a conversa. Fiquei sabendo de quem ela era esposa! Do meu colega Betordo.!! Aquele que contou da paixão pelo novo amor lembra? O mesmo que é o objeto desta narrativa. Não demorou muito, chegou nos finalmentes. Mulher é mais fácil de se fazer amizade em qualquer fila. A gente começa a conversar sobre filhos, de repente vão virando os assuntos e, até que, em questão de minutos já se fica chegado e já até se sabe de algumas coisa mais particulares. Falou para mim do seu marido. Ele havia mudado muito em questão de um ano. Não demorou muito já disse que tinham conversado com o esposo aquela semana e deveriam realmente se separar.

Não me surpreendi com a notícia, mas, na hora, a minha reação foi de surpresa, não trairia meu colega relatando a esposa a conversa que tive com ele. Ouvi e me comportei como se não o conhecesse e muito menos a situação. Seguia ela na sua trajetória do contar. Quando Betordo resolveu comunicar a decisão a esposa o fez de maneira tão delicada as colocações, que ela foi absorvendo as narrativas e as explicações, que, no final, a separação dar-se-ia nos níveis amigáveis e muito menos chegariam no papel. E vou mais além, continuariam vivendo juntos como se nada houvesse. E me adiantou que estava também apaixonada por outra pessoa.

Disse isso com um sorriso bem largo de satisfação. Este comportamento me intrigou. Será que os dois tinham se apaixonados ao mesmo tempo? Como pode um casamento terminar assim com os dois amando pessoas diferentes ao mesmo tempo? É normal um e depois da separação o outro também arrumar uma tampa para sua panela e seguir cozinhando a vida em fogo baixo. Achei estranho, mas como já falaram que há tantas coisas entre o céu e a terra que até Deus duvida, dei como aceitável e cerrei as janelas do pensamentos. Cortei as energias, não queria gastar fósforo com problemas dos outros! É muito menos aumentar o meu estresse!

Fiquei sabendo de muitas informações e que para não cansa-lo, eu suprimi algumas e só estou relatando agora, porque eu recebi o OK para trazer isto a público, desde que eu não usasse os nomes verdadeiros. E eu disse aos dois numa festa que nos encontramos um belo dia, que ela seria Rosaura se houvesse a oportunidade de publicar.

Betordo e Rosaura não se separaram e estão agora morando juntos com mais dois agregados : Vandirlei e Jonildo, as paixões de ambos. Por sinal o casal que agora dividem as despesas e as camas. Fiquei boquiaberto quando soube que ele se apaixonara pelo Jonildo e ela pela Vandilei. Segundo eles , estavam felizes, porque estavam juntos e poderia até namorar se fosse o caso, e que seriam bem aceitos pelos dois amores mais novos. As noites eram marcada por brincadeira de lutas de espadachins e entremeadas com as brigas das aranhas, sabe aquele estilo francês?

Bem !Eu sei que o tempo foi passando, foi passando. Até uva passa! E também porque tudo que é bom sempre dura pouco e na ventania do cotidiano esta história foi rodando de pessoa em pessoa, de boca em boca, de ouvido em ouvido e se acabou como começou.

Só sei que entre as lutas de espadas e o farfalhar das aranhas, só se salvou esta ficção!

Leitor um abraço!!

Autor: Ademar Oliveira de Lima

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O Senado



O senado brasileiro parou de desempenhar suas funções específicas e está totalmente voltado para problemas internos e partidários. A mais recente é a briga dos dinossauros da política: Pedro Simon, Renan Calheiros e Fernando Collor de Melo. Toda essa briga gira em torno da cadeira presidencial do senado, ou seja, a saída de José Sarney.

“Eu fico cá com meus botões” perguntando-me caros colegas, tanta coisa para se preocupar e fazer neste país e aqueles senadores enfrentando-se como galo de briga, sentados naquelas poltronas que custaram alguns mil de nossos “suados” impostos. Tanta coisa no Brasil precisa de atenção a exemplo da exploração sexual, racismo, pedofilia, educação e segurança e eles fingem que tudo isto não existe.

Eu ainda fico “cá com meus botões” perguntando-me até quando terei dedos para criticar, e botões para escrever dirigida àqueles tantos que estão sentados no Congresso, Senado, na Câmara e também nos ministérios exercendo o que eu não mais sei ou nunca soube.

Prof° Thiago Pessoa

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O Tempo...



Imagine que você tem uma conta corrente e a cada manhã você acorde com o saldo de R$ 86.400.000, só que não é permitido transferir o saldo para o dia seguinte. Todas as noites o saldo é zerado, mesmo que você não tenha conseguido gasta-lo durante o dia. O que você faz??? Você irá gastar cada centavo, é claro!Todos nós somos clientes desse banco que estamos falando, ele se chama tempo. Todas as manhãs é creditado para cada um de nós 86.400.000 segundos. Todas as noites o saldo é debitado como perda não é permitido acumular para o dia seguinte. Todas as manhãs sua conta é reiniciada e todas as noites as sobras do dia se evaporam, não há volta. Você precisa gastar vivendo o presente pois o deposito é diário. Invista então no que for melhor, na saúde, felicidade e sucesso! O relógio está correndo faça o melhor que puder para seu dia-a-dia. Para você perceber o valor de um mês pergunte para uma mãe que teve seu bebe prematuro. O valor de uma semana, pergunte para o editor de uma revista semanal. O valor de um minuto pergunte para uma pessoa que perdeu o avião. Para perceber o valor de um segundo pergunte a uma pessoa que conseguiu evitar um acidente. O valor de milésimo pergunte a uma pessoa que foi medalha de prata em uma olimpíada. O amanhã pertence a Deus. O hoje é uma dádiva. Por isso é chamado de presente!!!

Autor desconhecido

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Divergência do sexo oposto?



Divergência do sexo oposto

Sempre ouvi alguém dizer que toda mulher desde primeiro dia que conhece o homem já se vê no altar ao lado dele, nunca achei que fosse verdade, mas nos últimos relacionamentos pude ver e sentir o quanto esse dito é real e não ilusão dos homens. Pois bem, um certo dia uma grande amiga de nome Vitória ao conhecer um grande amigo meu Júlio enxergou que ele seria o homem de sua vida. Ela fez planos, imaginou uma das heranças de seu pai como sendo sua futura residência, em suma Vitória estava apaixonada. Porém Júlio agia como todo homem age em inicio de um relacionamento, se conhecendo, se curtindo e etc... Conversando comigo Júlio começou a relatar sua história recente com a sua namorada, também minha amiga Vitória. Ele em seu discurso, onde eu não abri minha boca pra nada, me relatou a sua insatisfação com seu recente relacionamento. Ele mostrava-me que estava interessado mas ela estragaria tudo com suas constantes ligações vagas em horários inoportunos. Pensei cá com meus botões... seria este um motivo para ele pensar em acabar sua relação recente? Logo veio em mente minha experiência antiga, nada satisfatória, enxerguei em seu discurso toda minha história principiante com uma garota chamada “Lívia”. Na verdade o que percebi era que o Júlio precisava de uma namorada e não de uma esposa, coisa interpretada de forma contrária pela Vitória. O tempo foi passando e as ligações constantes da Vitória para o Júlio foram irritando-lhe a ponto de não mais atender ao telefone. Confesso, nunca vi ninguém tão chateado com o telefone celular como vi o Júlio. Ele diversas vezes chegou a conversar com Vitória a cerca de sua insatisfação, porém ela não entendia o simples fato de que uma ligação para desejar um bom dia; uma boa tarde; boa noite; boa madrugada; bom galo cantando o tiraria do sério.

Prof° Thiago Pessoa[*]


[*] Qualquer semelhança com a realidade a respeito dos fatos mencionados acima se trata de mera coincidência.

Crise no Senado


Não é de hoje que o senado entra em crise, nem tão pouco os que ali estão, o que é novidade para o povo brasileiro é quem será o próximo a abocanhar os milhões que circulam no meio da política. Essa política brasileira nunca foi nem nunca será uma política exemplar, nunca foi nem nunca será uma política do povo ou para o povo, porque o povo não mais quer saber do que anda acontecendo naquelas construções projetadas por um tal Oscar Niemeyer. O povo quer saúde, o povo quer segurança, o povo quer comida. As noticias dos jornais, que não são vista pelo povo porque trabalham de 8 a 12 horas por dia para ganhar o dito pão de cada dia, nos mostram as palhaçadas distorcidas do Senado e que nos mostram pouco do que acontece.

A ultima é a oposição querendo que Sarney entre com um pedido de licença. O presidente, Lulinha da Silva, quer “manerar” evitando assim que a oposição se aproveite da situação. O povo não quer saber de licença nem de cassação, o povo quer saber de emprego e comida. Chega dessa “politicagem” que manipula a massa popular e privilegiar os “próximos” políticos nacionais, sugando através de “artérias alternativas”, geradas por atos secretos, todo o capital que deveria ser revertido para o bem comum.

Prof° Thiago Pessoa

Adaptado por Vinícius Ferreira

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Tragédia Air France

Um fato bastante triste ocorrido no ultimo domingo 31/05, foi o acidente com o Airbus da Air France com 228 pessoas a bordo, tal tragédia ainda sem explicações claras nos mostra que não existe segurança total a cerca dos vôos. Observamos que um avião de tamanha potência desapareceu em meio ao oceano atlântico. O homem ao longo da história vem desenvolvendo uma tecnologia tamanha que às vezes chega a afirmar sua superioridade, enfrentando as leis da natureza que no meu ponto de vista é bastante imprevisível. Quem não lembra da primeira viagem do navio Titanic? O homem chegou a afirmar que nem mesmo Deus o derrubava. Eu sei que estamos submetidos a todo o momento a tragédias seja de ordem natural ou proposital. Eu também sei que é bastante triste tais tragédias e lamento muito tal fato como tantos outros. Olhando tudo isto, não devemos nos privar de nada, simplesmente apelar; mas apelar fortemente para a sorte.

Prof° Thiago Pessoa

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O Segredo do Casamento


Meus amigos separados não cansam de me perguntar como eu consegui ficar casado trinta anos com a mesma mulher. As mulheres, sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo. Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo. Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas, dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue.Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade, já estou em meu terceiro casamento - a única diferença é que me casei três vezes com a mesma mulher. Minha esposa, se não me engano, está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes do que eu.O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher. O segredo, no fundo, é renovar o casamento, e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal. De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, voltar a se vender, seduzir e ser seduzido.Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial? Há quanto tempo não fazem uma lua-de-mel, sem os filhos eternamente brigando para ter sua irrestrita atenção?Sem falar nos inúmeros quilos que se acrescentaram a você, depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 quilos num único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo? Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo e a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é sua esposa que está ficando chata e mofada, são os amigos dela (e talvez os seus), são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração. Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo círculo de amigos.Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro, e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento. Mas, se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas, e você ainda terá a pensão dos filhos da união anterior. Não existe essa tal "estabilidade do casamento", nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos. A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma "relação estável", mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensado fazer no início do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, por que não fazer na própria família? É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo.Portanto, descubra o novo homem ou a nova mulher que vive a seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo e interessante par. Tenho certeza de que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão; por isso, de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.


Stephan Kanitz

Administrador por Harvard


Revista Veja Edição 1922 - 14 de setembro de 2005

terça-feira, 12 de maio de 2009

Estado de Sítio




Estamos vivendo em um verdadeiro estado de sítio, não pelo poder executivo mais sim pelo poder das facções criminosas que assolam nossa liberdade de ir e vir, que destrói nossa juventude.
O Estado de Sítio é um instrumento que o Chefe de Estado pode utilizar em casos extremos: agressão efetiva por forças estrangeiras, grave ameaça à ordem constitucional democrática ou calamidade pública. Nestas condições, o Governo tem legalidade para tomar atitudes que podem ferir a liberdade dos cidadãos, como a obrigação de residência em localidade determinada, a busca e apreensão em domicílio, a suspensão de liberdade de reunião e associação e a censura de correspondência e etc.
Diante disto podemos dizer que estamos vivendo em um verdadeiro estado de sítio, pois não temos mais o privilegio de andar nas ruas sem se preocupar com os diversos assaltos que acontecem com frequência. Andamos nas ruas assombrados, seja no sinal de trânsito, nos grandes centros , bancos, na porta de casa ou seja não temos mais a tranquilidade que antes tínhamos, porque a bandidagem corre solta por ai a fora. Até quando senhores estaremos vivendo isolados dentro de nossa própria casa por detrás de uma grande de ferro? Até quando estaremos andando assombrado como se tivessem nos perseguindo? Até quando nossas crianças brincarão na inocência de antes sem ser abusada sexualmente por um pai ou um vizinho? Até quando nossa juventude irá desfrutar da verdadeira juventude que lhe é garantida? Até quando meu Deus voltaremos a consciência e não a irracionalidade?


Prof° Thiago Pessoa

terça-feira, 14 de abril de 2009

Ser ingênuo não é ser bobo



Ser ingênuo não é ser bobo, ser ingênuo segundo o dicionário nada mais é que: Sem malicia; sem afectação; inocente; simples; natural. Em um mundo bastante competitivo, em um mundo onde as pessoas agem de forma falsa, sem escrúpulos o melhor é ser ingênuo. Ser bobo em nosso dicionário significa: Pessoa que quer divertir os outros com esgares e ditos tolos. Em nossa sociedade somos feitos de bobos constantemente seja no trabalho, na faculdade onde se deparamos com pessoas que se acham no direito de nos manipular como se fossemos o real bobo da corte, Bobo da corte, bufão, bufo ou simplesmente bobo é o nome pelo qual era chamado o "funcionário" da monarquia encarregado de entreter o reis e rainha e fazê-los rirem. Muitas vezes eram as únicas pessoas que podiam criticar o rei sem correr riscos. Então meus amigos, não sejamos bobos, sejamos todos ingênuos já dizia nosso cantor e compositor Alceu Valença:

Nem todo o beijo é pecado


Nem toda fruta é maçã


Nem todo réu é culpado


Nem toda culpa é cristã


Nem toda carta é marcada


Nem toda lente é ray-ban


Nem toda noite é noitada


Nem toda luz é manhã

Por isso eu exijo respeito


Por teu desmantelo


Teus olhos vermelhos


Se vendo no espelho


E querendo voar...


Por isso eu exijo respeito


Por duas palavras


Na bôca da noite


Na bôca do bôbo da corte...

Eu não sou bobo! Sou ingênuo!!!

Prof° Thiago Pessoa


segunda-feira, 6 de abril de 2009

Às Vezes...



Às vezes agimos pela emoção ou pelo momento sem pensar nas consequências, às vezes nos iludimos com coisas momentâneas, mas não nos damos conta de que a arte de viver estar na forma como vivemos a vida, como olhamos as pessoas. Às vezes chegamos lá na frente, olhamos para trás e observamos que tudo poderia ter sido diferente, quem sabe mais alegre. Às vezes as emoções, lagrima, tristeza chega como fruto de um arrependimento, mas sabemos que esta mesma lagrima serve para limpar a alma de tal situação. Às vezes queremos olhar para trás e ver que tudo não passou de um sonho...

Prof° Thiago Pessoa


quinta-feira, 2 de abril de 2009

Dinossauros da Política



Refletindo cá com meus botões a cerca da existência dos dinossauros a milhares e milhares de anos atrás. Veio-me a mente o porque não escrever mais e mais sobre esses grandiosos atores que um dia encenaram neste belíssimo teatro chamado Terra. Dinossauros da política. Logo me veio à curiosidade de entender quem seriam estes dinossauros da política. Pois bem, Sarney ex-presidente do Brasil no período de 1985 a 1990 Seu mandato caracterizou-se pela consolidação da democracia Brasileira, mas também por uma grave crise econômica, que evoluiu para um quadro de hiperinflação histórica e moratória, Também se notabilizaram as acusações de corrupção endêmica em todas as esferas do governo - sendo o próprio Presidente José Sarney denunciado, embora as acusações não tenham sido levadas à frente pelo Congresso Nacional. E volta ele hoje Presidente do Senado. Fernando Affonso Collor de Mello assumiu a Presidência de 1990 a 1992, renunciou ao cargo na tentativa de evitar um processo de impeachment fundamentado em acusações de corrupção. E volta ele hoje ao Senado Federal. Paulo Salim Maluf, duas vezes Prefeito de São Paulo, Governador do Estado de São Paulo, Preso em 2005 acusado de intimidar uma testemunha, permaneceu na cárcere sede da Polícia Federal de São Paulo de 10 de setembro a 20 de outubro de 2005 (totalizando 40 dias). Este episódio ocorreu após as graves denúncias de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, corrupção e crime contra o sistema financeiro (evasão fiscal). E volta ele hoje como Deputado Federal por São Paulo. Obteve o maior numero de votos de todo o país, 739.827. Diante deste teatro cujo nome chamam-se Dinossauros da política, eu pergunto a vocês de quem é a culpa pela não extinção destas espécies? O porque ao longo destes anos o sonho de um Brasil melhor não vingou? O porque neste teatro ainda tem lugar para estes atores que um dia avassalaram nosso país indo de contra as leis que eles próprios criaram? Tendo uma sensibilidade bastante aguçada sinto que como historiador ainda irei em minhas escavações encontrar fósseis destes Dinossauros que ainda perduram aterrorizando aqueles que tem consciência.

Prof° Thiago Pessoa

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Jeitinho Brasileiro de ser




Lendo algumas notícias a cerca do jeitinho Brasileiro ser, me vem à mente o quanto o próprio Brasileiro é culpado pela situação vigente, o quanto o brasileiro reclama sem direito de reclamar, o quando o Brasileiro se acha experto, mas de experto não tem nada. Vou aqui citar alguns exemplos deste jeitinho que eu tanto falo. O camarada é parado por uma blitz da policia militar e no carro é encontrada diversas irregularidades como: farol queimado, extintor vencido. O guarda prontamente retira a tampa da caneta e logo vem às artes manha do Brasileiro, “vamos conversar... me ajude que eu lhe ajudo” ou então “eu sou filho do coronel fulano de tal”, pronto problema resolvido. O Brasileiro se acha tão experto neste sentido que nem mesmo tem consciência do quanto isto é prejudicial para a ordem natural das coisas, o quanto isso destrói a honestidade do ser humano que em meio a esta proposta e diante de sua real situação não se recusa a aceitar tal fato. Por que a cara do Brasileiro já diz tudo, somos um povo extremamente necessitado, somos de uma cultura extremamente baixa, porque ao invés de estar lendo um livro de cabeceira às 22h estamos assistindo o BBB9 para ver quem irá para o paredão e sair na terça feira, ao invés de frequentar um teatro e dar valor ao nosso patrimônio cultural que é bastante rico, preferimos ir ao Chevrolet Hall assistir ao show de Calcinha Preta e Calipso. Pois já dizia Voltaire "O valor dos grandes homens mede-se pela importância dos serviços prestados à humanidade".


Prof° Thiago Pessoa

Realidade




Diante de nossos olhos vemos a realidade existente nos países africanos, onde pessoas são diariamente esquecidas, passam fome, morrem de frio e de sede. Perdem seus pais pelo descaso de uma sociedade desumana. Sem escolas, sem cultura. Mortos não como seres humanos mais parecendo indigentes. Pessoas esquecidas à própria sorte. Mais que sorte seria essa?A sorte de estarem desnutridas? De serem esquecidas? E nós o que fazemos por eles? Viramos as costas sem dar apoio a essa realidade de um país que clama por compaixão. Mais seriam nossos corações tão cheios de ocupação para não enxergamos isso? O que fazer nessa situação que para alguns parece tão distante, embora não seja bem assim a verdade. É em nosso país também existem pessoas esquecidas, necessitadas, sem escola, sem pais... Cabe a nós lutarmos para mudar essa história. E os governantes onde estão?Por que não fazem nada para mudar esse quadro será realmente que a intenção é solucionar essas defasagens ou deixar que continue assim para que seja motivo de votos em suas campanhas?Nós cidadãos podemos lutar por um quadro mais justo, podemos falar através dos meios de comunicações que hoje estão presentes em nosso dia- a- dia. Lutar é o que faz a diferença.


Professora Danielle Morais


Pós-graduanda em História do Brasil pela Faculdade de Formação de Professores de Goiana.

terça-feira, 17 de março de 2009

Horas Extras



Eu não sei dizer mais quem sou nem onde estou a cerca do que vem acontecendo na câmara federal. Com sessões que se arrastam sem decisão, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), permitiu gastos de R$ 2,58 milhões com pagamento de horas extras desde que assumiu o cargo, em 2 de fevereiro. Nesse período de pouco mais de um mês, Temer pôs fim à prática de encerrar a sessão do plenário antes das 19 horas, quando não há perspectiva de votação, instituída pelo antecessor, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Até ontem, a Câmara já havia gasto R$ 4,7 milhões com 11 sessões que passaram das 19 horas. Em cinco delas, os deputados estavam discutindo propostas da pauta, o que justificaria a extensão dos trabalhos. Nas demais - que provocaram o gasto de R$ 2,58 milhões - foram apenas discursos. (Veja.com de 11 de março de 2009). Como se não bastasse os mensaleiros de plantão, a dançarina da impunidade, o Valério Oduto, o doleiro da cueca, e o mais recente... o castelo ra-tim-bum de Edmar Moreira (DEM-MG), a câmara federal vem com essa de horas extras astronômicas. Eu vou falar bem baixinho para ninguém ouvir ta certo? Vem mais para perto do monitor, vem, vem. Senhores Deputados, eu vos peço com bastante humildade que roubem, mais roubem pouquinho para ninguém perceber, eu vos peço que esvazie os cofres públicos afinal não existem planos para gastar tal dinheiro, não existe miséria, nossos hospitais estão em ótimas condições, nosso aparelho policial é super eficiente e bem equipado, no nosso país temos os professores mais bem pagos no mundo e não existe erradicação escolar. Senhores deputados, no Brasil não têm crise, as pessoas aqui bem vivem e vivem muito bem por sinal. Senhores deputados os senhores podem não pagar as contas aqui em terra, mas com certeza pagará as contas com Deus.
Prof° Thiago Pessoa

quarta-feira, 11 de março de 2009

O que diz a Igreja?



O fato triste que ocorreu com a garotinha de 9 anos que foi estuprada pelo padrasto em Alagoinha interior de Pernambuco e o pronunciamento do Bispo de Olinda e Recife Dom José Cardoso Sobrinho acerca da excomungação dos envolvidos no aborto nos mostra o quanto à Igreja Católica está ultrapassada a respeito de nossa realidade. O dizer não ao uso da camisinha o dizer não ao aborto em caso de estupro é fugir completamente da nossa realidade, realidade essa infelizmente vivida pelas brasileiras que cai nas mãos destes monstros. A igreja tem que pensar seus valores visando à realidade atual. A igreja tem que tomar consciência que não mais domina a sociedade e que a Heresia acabou. A Igreja tem que fazer o seu papel enquanto líder espiritual doutrinando e alienando aqueles que precisam de seus sermões.


Prof° Thiago Pessoa

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

É Carnaval...


“Como é lindo o nosso carnaval, como é lindo o nosso frevo, carnaval em todo o estado, é frevo o dia inteiro. Frevo de bloco, frevo de rua e frevo canção. Nosso frevo é para todos os gostos, nosso frevo é agitação”(Thiago Pessoa). Pena que nosso frevo só é lembrado pelos próprios pernambucanos uma vez ao ano e não o ano inteiro. Pena que as rádios não valorizam esta cultura que vem desde fevereiro de 1907, e se tocam durante o ano é de forma particular quando, alguém paga para tocar. Como é bom curtir o maior bloco do mundo, o galo da madrugada mesmo sabendo que ele não sai de madrugada. Como é bom subir e descer as ladeiras de Olinda ao som da mesma música, “tanranranranranranraaaaaaa Taaannnrannnraaaaraaarara”. Como é bom, ir ao recife antigo e ver os desfiles dos blocos, mesmo não sabendo a história deles. Como é bom o estado parar por quatro dias e ver a dor, a tristeza, a saudade, as dividas caírem no esquecimento, porque é carnaval. Como é ruim chegar na quarta feira de cinzas olhar para trás e ver, que tudo não passou de um sonho...


Prof° - Thiago Pessoa

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A regulação ocupacional ou profissional


Segundo Edmundo Campos Coelho em seu livro , As Profissões Imperiais, Editora: RECORD. Wanderley Guilherme dos Santos foi um dos primeiros a dar adequado destaque à temática da regulação ocupacional. Segundo ele foi uma estratégia usada pelas elites pós 1930 para reorganizar e implementar políticas sociais. Os direitos de cidadão vem de acordo com que a lei regulamenta e reconhece como ocupação. O autor destaca o significado da palavra “profissão”. Deriva do vocábulo latino “professio” significa originalmente “declaração pública” ou “confissão”. E ainda no contexto religioso o termo fora empregado em Portugal no século XVII como tomar votos de uma ordem religiosa. Com relação a “declaração pública” , “voto”e “ofício” são os significados para profissão registrada em todas as edições no século XIX do Dicionário da língua Portuguesa de Antônio Moraes Silva. Mas a quarta edição do Candido de Figueiredo, de 1925, ainda não havia anotado o termo “profissões liberais”. Só o Laudelino Freire, de 1943 traz o registro: “profissões liberais: medicina, o professorado, a advocacia”. Originalmente o termo em latino liberalis designava o indivíduo que gozava de liberdade política, boa situação material, se dedicava horas de lazer, ao estudo ou precisamente as artes liberales que constituíam sua mais adequada educação. No Aurélio o primeiro significado de profissão é o de “declaração ou confissão pública de uma crença, sentimento, opinião ou modo de ser”. O segundo é o de “atividade ou ocupação especializada, e que supõe determinado preparo”: a profissão de engenheiro, a profissão de motorista. O terceiro, de “atividade ou ocupação especializada que encerra certo prestígio pelo caráter social ou intelectual”: a profissão de jornalista, de ator; as profissões liberais. O quarto é o de “carreira”: a carreira jurídica. O quinto, o de meio de subsistência remunerado resultante de um exercício de um trabalho, de um ofício. Estes são os significados corrente no português coloquial e quando perguntamos ao indivíduo qual sua profissão, deseja-se saber apenas qual seu meio habitual de ganhar o sustento, e a resposta correta pode ser qualquer uma das “profissões”, especializadas ou não, de prestígio social ou intelectual. Edmundo chega a questionar quais profissões realmente são liberais, segundo ele a engenharia já nasceu como profissão assalariada primeiro pelo estado e segundo pelas indústrias. Mais uma vez segundo ele a advocacia ainda é uma profissão liberal mas o autor não tem certeza acerca da medicina. A elite no pós 1930 reivindicava há tempo o fechamento do mercado de serviços profissionais e a capacidade auto regulatória, isto é, monopólio e autonomia corporativa. Entra em cena os Conselhos regionais, nacionais, os Sindicatos e as Associações, cada um com sua autonomia mas ficando abaixo do Ministério do Trabalho para efeito de fiscalização. Segundo o autor diante destas instituições fica como competência dos Conselhos profissionais legislar, através de resoluções, sobre o âmbito das atividades e funções privativas das profissões, a cobrança das anuidades e o registro no respectivo conselho. Um mecanismo básico de exclusão ou de fechamento do mercado de prestação de serviços profissionais era e continua ser o do credenciamento educacional e a posse do diploma de nível superior.

Prof° Thiago Pessoa